Não te sei amar, como te amo..
É possível , que já nem te ame nos próximos 30 segundos.
E mesmo que o meu corpo, volte a fundir-se no teu...
Isso não é uma certeza inconfundível, sobre o meu amor por ti.
O meu amor não geme..
O meu verdadeiro amor, é quando adormeço colada a ti,
já com o corpo rendido e a pele nua em silêncio.
O meu coração, ainda respira.
Tu também não me sabes amar, como eu não te amo...
Acreditas demasiado na linguagem quente e húmida dos corpos
e esqueces que os teus lábios,
mesmo sem o rastejar intenso da língua...
conseguem rasgar-me de desejo .
Gosto de fazer poesia nas tuas costas
Mas não engulo folhas soltas
DEVANEIOS
domingo, maio 29, 2022
sexta-feira, maio 27, 2022
COMBUSTÍVEL
Tu fazes o fogo arder...
És combustão espontânea dentro do meu ser.
Invertes na superfície da pele, a ordem pré-definida das cores.
O vermelho carne, desmaia por te ver
deitado, vestido so com o corpo.
Inventas um tempo, onde raramente consigo estar, abraçada no mesmo plano...
Numa hora certa .
Mas quando chocamos... Pulverizamos os segundos, sem olhar para trás.
Desencontramos corações e almas num único toque.
Ergues-me do chão, como se eu fosse uma folha leve e tu o vento,
numa rajada silenciosa que nos consome, em todos os pecaminosos minutos.
Eu faço o gelo, queimar-te de frio os ombros
Tu fazes o meu mundo são, enlouquecer.
És combustão espontânea dentro do meu ser.
Invertes na superfície da pele, a ordem pré-definida das cores.
O vermelho carne, desmaia por te ver
deitado, vestido so com o corpo.
Inventas um tempo, onde raramente consigo estar, abraçada no mesmo plano...
Numa hora certa .
Mas quando chocamos... Pulverizamos os segundos, sem olhar para trás.
Desencontramos corações e almas num único toque.
Ergues-me do chão, como se eu fosse uma folha leve e tu o vento,
numa rajada silenciosa que nos consome, em todos os pecaminosos minutos.
Eu faço o gelo, queimar-te de frio os ombros
Tu fazes o meu mundo são, enlouquecer.
quinta-feira, maio 19, 2022
Poema Oculto
Acordo de manhã, a sentir que já não sei fazer poesia...
Não se pode fazer poesia, com duas mãos vazias e um coração quebrado.
A palavra precisa de letras firmes para voar e um parágrafo seguro para aterrar.
A tua paixão já fez pontes noutras paragens.
Não se pode fazer poesia, com duas mãos vazias e um coração quebrado.
A palavra precisa de letras firmes para voar e um parágrafo seguro para aterrar.
A tua paixão já fez pontes noutras paragens.
quarta-feira, abril 27, 2022
As luzes...
As luzes conhecem a tua escuridão como ninguém.
A posição das sombras que te enlouquecem...
Os segredos murmurados atrás do teu pescoço.
O teu aquário tem luzes quando a noite chega.
Discutes as problemáticas da vida e da morte, de olhos fechados e alma ajoelhada no chão.
Num aquário as vidas nascem e morrem todos os dias...
Não tens tempo para criar laços e afectos.
Num quadrado de vidro, sobrevivem os sábios e os dotados de alguma sorte.
Os peixes que escolhem bem o enquadramento...
Que encontram abrigo no verde imenso das plantas.
Que desviam os frágeis corpos dos predadores.
E os predadores podem ser pais e companheiros.
O vizinho do lado com alguma fome.
As luzes apagam-se e os corações regressam à calma dos compassos...
Já não se caçam as bruxas.
Cai a paz no fundo das águas que deslizam nos teus ombros mais quentes.
As luzes conhecem a tua escuridão como ninguém.
A posição das sombras que te enlouquecem...
Os segredos murmurados atrás do teu pescoço.
O teu aquário tem luzes quando a noite chega.
Discutes as problemáticas da vida e da morte, de olhos fechados e alma ajoelhada no chão.
Num aquário as vidas nascem e morrem todos os dias...
Não tens tempo para criar laços e afectos.
Num quadrado de vidro, sobrevivem os sábios e os dotados de alguma sorte.
Os peixes que escolhem bem o enquadramento...
Que encontram abrigo no verde imenso das plantas.
Que desviam os frágeis corpos dos predadores.
E os predadores podem ser pais e companheiros.
O vizinho do lado com alguma fome.
As luzes apagam-se e os corações regressam à calma dos compassos...
Já não se caçam as bruxas.
Cai a paz no fundo das águas que deslizam nos teus ombros mais quentes.
domingo, abril 24, 2022
R. E. C. O. N. S. T. R. U. Ç. Ã. O
Reconstruir...
Acto de construir de novo,o que foi desfeito.
Destruído em retalhos, até ser apenas um vazio em pó.
Abrir cicatrizes rasgadas e mal curadas e erguer montanhas que se possam tocar.
Que ocupem espaços..
Que voltem a encher a tua mão.
Reconstrução...
Acto de produzir ar, onde um pedaço de pele se asfixia.
Que venha a dor, onde hoje só existe latência.
Que cheguem o sangue e o músculo, onde hoje só existem frágeis ossos.
Que a morfina te embale com dormência os sentidos e o tempo cure as feridas que no teu corpo irão ganhar novamente vida.
Acto de construir de novo,o que foi desfeito.
Destruído em retalhos, até ser apenas um vazio em pó.
Abrir cicatrizes rasgadas e mal curadas e erguer montanhas que se possam tocar.
Que ocupem espaços..
Que voltem a encher a tua mão.
Reconstrução...
Acto de produzir ar, onde um pedaço de pele se asfixia.
Que venha a dor, onde hoje só existe latência.
Que cheguem o sangue e o músculo, onde hoje só existem frágeis ossos.
Que a morfina te embale com dormência os sentidos e o tempo cure as feridas que no teu corpo irão ganhar novamente vida.
segunda-feira, março 21, 2022
Faço-me...
Faço-te um poema...
Hoje, prometo que te faço um poema até o sol se pôr.
Não tenho mais folhas nuas na gaveta...
Vesti-as todas com lágrimas e preconceitos.
Não te comovas logo, porque também lhes bordei nas bainhas alguns sorrisos.
Mas faço-te um poema..
Não te prometo versos apurados...
Nem sentimentos despidos e raivas desmedidas a cortar os pulsos com lâminas.
Não vou desencadear tempestades ou trepar de desejo na cultura dos teus ossos...
Tenho os dedos ocupados a tirar o resto da tua carne, que ficou presa aos meus dentes.
Hoje faço-te um poema que te diga muito..
Que te diga tudo o que ficou por dizer.
Às vezes roubas - me a língua ao céu da minha boca e calas-me a coragem.
Fico muda na ponta dos dedos e os meus olhos cegam com a tinta da caneta.
Faço-te um arranjo de palavras, só porque esqueci de colher a frescura das flores.
Faço-te uma letra de vidro, moldada no calor do meu gosto...
Há poesia nas coisas pequenas, se as souberes silenciar com o fogo dos teus sonhos gigantes.
Hoje, prometo que te faço um poema até o sol se pôr.
Não tenho mais folhas nuas na gaveta...
Vesti-as todas com lágrimas e preconceitos.
Não te comovas logo, porque também lhes bordei nas bainhas alguns sorrisos.
Mas faço-te um poema..
Não te prometo versos apurados...
Nem sentimentos despidos e raivas desmedidas a cortar os pulsos com lâminas.
Não vou desencadear tempestades ou trepar de desejo na cultura dos teus ossos...
Tenho os dedos ocupados a tirar o resto da tua carne, que ficou presa aos meus dentes.
Hoje faço-te um poema que te diga muito..
Que te diga tudo o que ficou por dizer.
Às vezes roubas - me a língua ao céu da minha boca e calas-me a coragem.
Fico muda na ponta dos dedos e os meus olhos cegam com a tinta da caneta.
Faço-te um arranjo de palavras, só porque esqueci de colher a frescura das flores.
Faço-te uma letra de vidro, moldada no calor do meu gosto...
Há poesia nas coisas pequenas, se as souberes silenciar com o fogo dos teus sonhos gigantes.
quinta-feira, março 03, 2022
Regressão e um punhado de nuvens
Hoje não sinto evolução na humanidade... Sinto regressão, nestas nuvens cinzentas que se manifestam a favor do movimento do vento.
Só vejo nuvens e tempestades numa fuga acelerada, cortando a garganta da paisagem. Deitam abaixo as folhas cansadas e amachucam com força, as mais ténues esperanças.
A humanidade regressa à violência do Homem das cavernas.. O cérebro tem as sinapses cortadas, porque o pensamento está num beco sem saída. Brutos são os Homens, desde o primeiro choro com que se apresentam ruidosamente ao mundo, até aos gritos de poder que os moldam no futuro. Talvez se escutassem o silêncio que se ouve hoje nas ruas e no coração dos seres. .. A tristeza que tudo invade, até as flores no seu desabrochar trémulo de primavera. Se as nuvens fossem mais lentas nos gestos... Menos apressadas e cruéis. As folhas no chão não seriam tantas.
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