domingo, janeiro 30, 2011
Passatempo Dia dos Namorados
O Blog Devaneios vai realizar um Passatempo para o Dia dos Namorados onde podes ganhar exemplares do livro "Já não se fazem Homens como antigamente" . Lê atentamente as Regras do Concurso e participa :)
Sinopse do Livro
Para participar queremos que sejas original e criativo...
Podias fazer uma simples carta de amor,mas nós sabemos que todas as cartas de amor são banais.Por isso queremos que mostres o teu amor por tudo o que te rodeia e podes deixar o ser humano de lado se quiseres.
Adoras alguma equipa de futebol? Mostra o que te apaixona nela...
Amas o teu bichinho de estimação? Achas que tens o animal mais fofo e prendado do mundo?
Ocultas uma paixão secreta pelo homem do talho? Prometemos não contar a ninguém,mas diz o que te encanta nele...
O Dia dos Namorados é para todos e todos merecem receber presentes:)
Regras do Concurso:
1) Cada participante deve criar uma Declaração de Amor original e postá-la como comentário neste tópico.A Declaração deve ser identificada com o primeiro e último nome de cada participante e numerada por ordem de participação.
O participante só poderá concorrer se for seguidor deste blog ,assim sendo deverá indicar também o seu nome de seguidor .
2) Todas as Declarações de Amor deverão ser postadas a partir do dia 31 de Janeiro,Segunda Feira até ao dia 11 de Fevereiro Sexta Feira.
3) As Declarações de Amor serão votadas até ao dia 11 de Fevereiro .
Apenas seguidores deste blog poderão votar na sua declaração preferida identificando-a desta forma :" Eu voto na declaração "desta pessoa" indicando o nome do autor da frase" . Cada pessoa só poderá votar numa única frase concorrente e uma única vez.
4) Cada participante no Passatempo só poderá postar uma frase para concurso
5) Todos os participantes no Passatempo terão de ter morada em Portugal
6)Os prémios deste Passatempo :
- 1º e 2º Classificados- As 2 Declarações de Amor mais votadas- Oferta gratuita de 1 exemplar do Livro Já não se fazem Homens como antigamente
*Bónus de participação -Todos os participantes deste Passatempo - Caso tenham interesse podem adquirir exemplares do livro Já não se fazem Homens como antigamente com dedicatória de um dos autores do livro (Daniela Pereira) contactando-me pelo email "ielapausas@gmail.com" onde serão dadas todas as informações ". .Esta oferta está limitada ao nº de exemplares disponíveis no blog
-*Os portes de envio serão pagos pelo administrador do Blog
*Nota: As classificações do passatempo serão colocadas neste blog no dia 12 de Fevereiro e os vencedores deverão enviar os seus dados pessoais para o email referido neste tópico
Para mais informações sobre a venda deste livro ou para encomendas podes contactar-me através do email "ielapausas@gmail.com"
terça-feira, janeiro 18, 2011
Um punhado de gente pequena...
Hoje acordei com pensamentos de gente pequena. De gente que não ambiciona o céu porque outros já tiveram a mesma ideia e sente que juntar o seu corpo ao caminhar simples das estrelas é um desperdício que nada acrescenta à solidariedade dos astros.
Que bom que é ser um mortal rotulado com prazo por expirar mas pouco consumido. É como se fossemos um produto gourmet que não se prova porque tem um gosto diferente daquilo que geralmente deixamos no prato numa refeição normal. Não é que tenha mau gosto, mas tem um gosto que não se define e isso é um pouco constrangedor para a alma habituada a paladares pouco profundos.
Olho-me como uma sopa... uma sopa de legumes com textura aveludada. E quando passo pelo dia sem imprimir às pernas passos apressados como numa garfada as inquietudes à solta pelos quintais. Dizem que são aves de penas duvidosas aquilo que saboreio sem cessar... a mim sabem-me a frango do campo com aromas de alguidar.
Hoje acordei com pensamentos de gente pequena, não mais que um metro e meio de altura sem comprimento ideal para abrir uma cova no chão e sem elasticidade facial para sorrir rasgado até atingir o sol em cheio no olho. Não faz mal, faço-lhe carinhos até ele fechar os olhos por sua própria vontade e não por me ouvir rezar por alguma escuridão porque a saudade ofusca-me o peito.
E o tempo hoje está tão politicamente correcto que até enjoa os sentimentos... é absurda esta monotonia na descrição humana das coisas que acontecem ou de tudo o que fica por acontecer.
Como se a veia triste pudesse ser um vaso impossível de romper porque o sangue desgostoso flui com gosto e a veia cava da alegria fosse só um caminho ténue para furar alguma angústia.
Enfim, sabemos que até no coração da gente pequena o amor bate com todo o vigor...
Daniela Pereira
Direitos de Autor Reservados
segunda-feira, janeiro 10, 2011
30 minutos depois das 10...
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Somos borboletas em flor.. Estamos prontas para parir a luz.
Não existem aves lá fora...
apenas voam gotas de chuva atravessando o silêncio numa valsa muda...
Não existem flores nos jardins...
recolhemos as pétalas na última ventania que passou...
Não existem gritos a sacudir as janelas...
hoje escrevi no coração com as pedras gastas da calçada
e surpreendentemente ele não se riscou...
Não existem pensamentos aos pontapés nas ideias...
está selada a ordem das coisas
e o meu caos restaurado
como lenha fresca que se deita na fogueira
para o lume não partir...
Não há tempo para dizermos o que sentimos
quando o vazio nos envolve..
Somos borboletas em flor..prontas para parir a luz
mas em tantos momentos abrigamos o peito na mais pura escuridão...
Não existem aves no céu...
porque só rente ao coração sobrevivem as tuas penas...
Então soltamos os teus loucos sentidos e assim fugimos dos Homens normais.
Daniela Pereira
Direitos de Autor Reservados
terça-feira, janeiro 04, 2011
A faca que não te fere mais...
A solidão é um caminho de cabras por onde os rebanhos de sonhos não passam...
É uma casa sem janelas forrada a cetim onde o sol não entra e só um leve nevoeiro paira.
A solidão é uma realidade que devia ser miragem para facilitar as contas que nos trancam os olhos a uma parede reflectida no chão onde a luz bate e volta ao inicio da escuridão.
A solidão...a solidão é uma palavra amarga que nos prova a boca quando nada temos para dar..para fazer crescer sem regar o momento com alguma tristeza que afoga qualquer semente que tentamos cultivar.
Depois choramos porque sentimos que as flores partem e só as silvas frutificam porque usámos as lágrimas para abençoar o dia e esquecemos que só a sorrir o mundo agradece.
A solidão é uma faca de estrutura romba que nos consegue ferir com a ferida mais fina e mais profunda.. não deita sangue..sangra com sal..é uma hemorragia silenciosa que termina sem uma gota derramada mas que afecta todos os nossos mares.
Um dia vai haver uma onda silenciosa que varrerá tudo e tu vais chorar o ontem como se ele ainda estivesse ali espetado contra o teu peito..cravado no teu intimo como uma marca intemporal que nada derruba ou diminui.
Faz o teu mundo... põe-lhe flores nos canteiros..pinta-lhe arco-íris nas paredes..prende o céu cinzento sozinho lá no escuro de um canto..desenha um sol que não se deite nem por um segundo...sacode a chuva dos teus cabelos porque a solidão sempre volta à tua boca e como um filho que regressa a casa leva-te nos braços.
Daniela Pereira
Direitos de Autor Reservados