sábado, dezembro 25, 2004
Estilhaços
Abro a janela que envidracei no peito
escancarando as mágoas que abriguei numa redoma.
Estilhacei os momentos de cristal
com as pedras que atirei dos olhos sentados na varanda.
Caíram mortos os beijos riscados
com batons de rosas nos lábios entorpecidos
pelo frio de mais uma madrugada apagada.
Fechei os olhos e a janela pintou-se de negro e adormeceu.
sexta-feira, dezembro 10, 2004
Escreverei nas paredes
Perdi a noção do certo e do errado
e atirei os dados do jogo no vazio.
Não me importa o que possam pensar
ignoro o que irão dizer
quando eu disser AMO .
Vou gritá-lo bem alto pulando na cama
até sentir as molas do colchão desfeitas.
Irei soletrar cada letra bem devagarinho
para não perder o gosto do tom apaixonado
que saboreio na ponta da língua .
Escreverei a palavra em todas as folhas
que ainda restarem no caderno dos poemas
e quando as folhas escassearem
vou mergulhar o dedo no mel e escreverei nas paredes.
e atirei os dados do jogo no vazio.
Não me importa o que possam pensar
ignoro o que irão dizer
quando eu disser AMO .
Vou gritá-lo bem alto pulando na cama
até sentir as molas do colchão desfeitas.
Irei soletrar cada letra bem devagarinho
para não perder o gosto do tom apaixonado
que saboreio na ponta da língua .
Escreverei a palavra em todas as folhas
que ainda restarem no caderno dos poemas
e quando as folhas escassearem
vou mergulhar o dedo no mel e escreverei nas paredes.
domingo, dezembro 05, 2004
Não me amem pelas palavras que escrevo...
Estremeçam com o trepidar das curvas do pescoço
e com a acidez do aroma que me encharca a pele nua.
Afundem-se na terra lamacenta
que albergo na profundidade do castanho dos meus olhos
mas não chorem pelas palavras amarguradas
que derramo no papel frio.
Adorem o meu sorriso pregado nos lábios vermelhos
como uma rosa que levam na lapela para embelezar
mas não sorriam com os versos pinchados com gotas de alegria
roubadas aos olhos do palhaço triste parado na esquina.
Idolatrem a minha alma sensível
que flutua nos sonhos como se fosse uma leve pena
mas não voem no dorso das letras negras
que carimbo no papel com os dedos em brasa.
Apaixonem-se pelos gestos singelos que desenho no vazio
e pelo toque suave das minhas mãos morenas
mas não me amem pelas palavras que escrevo.
e com a acidez do aroma que me encharca a pele nua.
Afundem-se na terra lamacenta
que albergo na profundidade do castanho dos meus olhos
mas não chorem pelas palavras amarguradas
que derramo no papel frio.
Adorem o meu sorriso pregado nos lábios vermelhos
como uma rosa que levam na lapela para embelezar
mas não sorriam com os versos pinchados com gotas de alegria
roubadas aos olhos do palhaço triste parado na esquina.
Idolatrem a minha alma sensível
que flutua nos sonhos como se fosse uma leve pena
mas não voem no dorso das letras negras
que carimbo no papel com os dedos em brasa.
Apaixonem-se pelos gestos singelos que desenho no vazio
e pelo toque suave das minhas mãos morenas
mas não me amem pelas palavras que escrevo.
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