quarta-feira, janeiro 25, 2006

Rezar com a alma ajoelhada




No corpo gélido abafo o meu amor
com todas as palavras sufocantes que guardo na cabeça
mas mesmo assim
ainda ouço os seus gritos ecoando na alma em carne viva.
Grita por ti ...
e grita por ti com todas as forças que lhe restam
depois de esbofetear as minhas entranhas
durante horas a fio.
E apesar de não acreditar
que a fé consiga trazer-te para mim
do alto dessa tua montanha solitária.
Talvez comece a rezar com a alma de joelhos
pedindo para que pelo menos
nunca faças nevar no meu sorriso
porque eu amo este sorriso quente
que deixas na minha boca.

Daniela Pereira

1 comentário:

ruinzolas disse...

Olá. Li o "Eternamente silenciadas", na Gaveta dos Poetas. Gostei bastante das palavras fortes e violentas. Através delas quase se consegue sentir os gritos e suspiros de que falas.

Muitas felicidades para a tua escrita.

Na Gaveta dos Poetas assino tiamon.