A noite vai longa debruada pela escuridão
mas não consigo adormecer...
Como posso esquecer um amor tão forte
que até me arranca poemas a sangue frio do peito
conduzindo os meus dedos solitários pelo papel
mesmo com a luz apagada?
Então, escrevo versos no escuro
e engano as sombras do meu quarto
desenhando o teu corpo iluminado nas paredes
com os olhos marejados de desejo.
Depois segredo com a boca na almofada
quase num silêncio sepulcral
sem que me ouças
que ainda te amo
e o meu corpo grita-lhe ao ouvido
que inveja os lençóis deitados na tua cama.
E a noite persiste na minha alma...
Daniela Pereira 12/02/06
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