quinta-feira, dezembro 27, 2007
Se a lua me der a mão...eu não vou ficar deprimida com a ausência do sol
Parte-se me o peito...
e não me lembro tê-lo sentido quebrar
mas hoje ele jaz em mil pedaços
e é no chão que esta dor ecoa.
O céu calou-se por respeito
a esta tristeza sem fim
enraizada na carne ...
já não grito.
Estou cansada de gritar
e a garganta não devia ser uma arma de arremesso
mas sim...um jardim para plantar sementes
e para ver o choro das flores
quando brotam das pedras mais duras.
Se as palavras não se ouvem...
então chora-se em silêncio
porque o meu pranto ficou mudo de repente
Queimo o ar que respiro
porque os meus pulmões inspiram fogo
e eu intoxico-me por dentro...
Desconfio que vou ficar
dias a fio abraçada às paredes
a deprimir o olhar
com o sol atrás das costas...
Talvez à noite volte a ter coragem para sonhar
se a lua me der a mão...
Daniela Pereira
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3 comentários:
Olá
Já comentei este poema noutro palco, mas é um belissimo poema.
escreves muito bem....
fica um beijo e os votos de um bom ano de 2008
:)Obrigado pelo carinho Piedade...
Dá-me uma força imensa receber palavras assim...
Terás sempre um sorriso neste cantinho à tua espera
Um Feliz 2008...cheio de inspiração também para ti!
beijinhos
daniela
Há coisas que encantam, apesar de "dolorosas"...
Adorei a combinação texto/imagem. Este homem é um senhor! E tu, com as tuas palavras, acompanha-lo na perfeição :)
Um beijinho
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