segunda-feira, janeiro 31, 2005

Voar à chuva


Sobre montanhas salpicadas de branco
e vales cobertos por mantos de flores
estendo as asas moldadas nos sonhos
e flutuo na brisa da tua boca de vento
que me embala num voo sem destino.

Sinto o teu ar quente
acariciando as minhas penas...
apaziguando as minhas mágoas.
Sem olhar a paisagem que me rodeia
com os olhos compenetrados no teu corpo celeste
trespasso o céu com asas de fogo
e encharco as nuvens com o perfume da minha pele.

Sopras um último fôlego
antes que a brisa esmoreça
e aqueces as nuvens frias
formando na terra um rio de água perfumada.
Banhas-te na minha chuva
e eu docemente
pouso no aconchego da tua mão quente e adormeço.

8 comentários:

Anónimo disse...

Cada vez estás melhor!
Beijoca enorme!

PBOX

DT disse...

Bem, fiquei estupefacto ao ler este poema! Adorei-o, mas tenho um que acaba quase quase quase da mesma maneira! Nunca me tinha acontecido!

Mas está lindíssimo... ao nível que já nos habituaste :)

Bjs

Daniel Aladiah disse...

Este poema merece um beijo cálido na palma da mão.
Daniel

Anónimo disse...

Continuas a escrever lindamente.
Bj** do
Luís
http://rotacaodostempos.blogs.sapo.pt

blueiela disse...

Pbox meu amigo desnaturado ;)
obrigado por continuares atento ao meu trabalho sempre com muita dedicação.
Vai dando notícias tuas,ok?
beijinhos

Duarte, Daniel e Luís...

Queria agradecer pela vossa simpática presença neste cantinho de poesia e divagações :)

beijos

Blue

Vítor Leal Barros disse...

gostei bastante do blog... vim cá parar por conselho do alves PEDRO e não estou nada arrependido.... até breve

blueiela disse...

alvesPedro e V.Leal Barros,

É com enorme prazer que os recebo neste meu cantinho de poesia:)
Muito obrigado pelos simpáticos comentários e pelo apreço demonstrado nas vossas palavras.

beijos

blue

Anónimo disse...

Obrigado pela visita, é sempre bom saber que alguém lê ou aprecia os nossos blogs. De certa forma, isto é uma opinião, tens melhorado a tua poesia. Alguns poemas do teu blog impressionaram-me, até é possível sentir o que tu escreves.

Abraços