Ontem sonhei contigo
e no meu sonho não chovia
porque havia um sol
que teimava em rasgar todas as nuvens
pintadas no meu peito.
Era lindo aquele sol
que extinto de passados e esquecido do presente
bailava alegremente nos teus olhos.
No meu sonho o frio não entrava
porque fechei-lhe a porta na cara
e acendi uma lareira na minha pele
para manter os nossos corpos aquecidos.
Então senti que o teu coração derretia nas minhas mãos
rendido ao calor dos beijos que não imploras
e eu juro-te que ainda bebi algumas gotas dessa felicidade temporária
que pingava nos meus dedos.
Ontem fiz amor contigo
e não me perdi na banalidade do sexo
porque quando te amo
não te limitas a penetrar no meu corpo
e violas-me incessantemente a alma.
E eu não esbracejo
nem peço por socorro
porque se eu gritar
será sempre para pedir por MAIS...e MAIS.
Ontem dormi com outro
que não tinha o teu sorriso
esculpido no rosto
porque para a tua cama não fui chamada.
Mas nem deitada naqueles malditos lençóis enrugados
lhe entreguei as folhas de poesia
que escreveste na minha alma
e o meu maior momento de prazer
foi sonhar que recitava no teu corpo
até o dia nascer.
Daniela Pereira 27/11/05
3 comentários:
O contraste dos sentimentos, o relembrar de bons momentos ausentes no presente.
De passagem...
Beijo
Pedro Barros
Pedro Barros
Olá!:) Muito obrigado pela simpatia das tuas palavras e és sempre bem vindo para viajares nestes devaneios...
beijos
blueiela
Instrumentos luminosos
Coloco nos bolsos
(sempre que o tempo deixa)
as canetas com que te moldarei as partes.
Chego mesmo a pensar que
me municio todo de instrumentos luminosos,
só para que se faça luz
entre nós,
quando no palco.
P. César
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