Embrulhei os meus segredos na língua morta.
Abri sulcos na terra à procura do repouso mais profundo
para os depositar na sua última morada.
Chorei durante horas o meu luto
enroscada no xaile vermelho paixão.
Bordei de sal os meus olhos negros
e vi-os brilhar como cristais quando me olhei ao espelho.
Fiz da terra uma aguarela de rímel desbotado
e sepultei as minhas inquietações num silêncio absoluto.
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