Na voz muda ouço gritos lamentosos
rasgando a brisa matinal que sopra debaixo da ponte.
Gela os ossos nus dos novos moribundos
dos tempos modernos .
Desprevenidos os corpos caem em tentações
acenando com os braços perfurados pela dor fininha.
Procuram o espaço vazio ainda não molestado
na pele descolorada com o negro das nódoas tatuadas.
Pelas paredes nuas de tinta arrasta-se
uma alma que só conhece o chão por abrigo.
Os sorrisos nascem podres na sua boca desdentada
pela cárie produzida por uma cocaína barata.
rasgando a brisa matinal que sopra debaixo da ponte.
Gela os ossos nus dos novos moribundos
dos tempos modernos .
Desprevenidos os corpos caem em tentações
acenando com os braços perfurados pela dor fininha.
Procuram o espaço vazio ainda não molestado
na pele descolorada com o negro das nódoas tatuadas.
Pelas paredes nuas de tinta arrasta-se
uma alma que só conhece o chão por abrigo.
Os sorrisos nascem podres na sua boca desdentada
pela cárie produzida por uma cocaína barata.
2 comentários:
Kabullow,Vitor
É uma alegria tê-los por cá neste meu cantinho! :)
Se pudessem ver o meu sorriso neste momento,ele está bem rasgado.
um beijo para vocês amigos
Daniela
O pico do álcool
(um grande poeta a morrer aos poucos...)
À hora certa
você descia pela avenida
em direcção aos mictórios
na esperança que os contornos se esbatessem
ou que pelo menos houvesse bulha entre portas.
E no cumprimento de um tal ritual bizarro
espantosamente ensaiou um cadastro a seu gosto
como se maldito fosse!
Paulo César
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