Vivo dentro de um quadrado fechado
que eu mesma desenhei quando perdi a minha identidade.
Salto de aresta em aresta desafiando os limites marcados.
Não os ultrapasso...
Apenas caminho com um pé nas sua fronteira.
Olho timidamente o outro lado...
o desconhecido tentador.
Namoro a sua ousadia
com gestos sedutores.
Desintegro o meu corpo
em milhares de átomos negros
que vão chocando aleatoriamente
na parede quadrada carcereira.
Espero a tua tacada na mesa de bilhar...
Sou a bola preta que queres jogar...
De que é que estás à espera?
Atira-me para o outro lado...
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