Anestesia
Cortei as amarras de aço
com a lâmina mergulhada
no éter para não sentir dor.
Anestesiei o corpo com
comprimidos recheados de ópio.
Droguei os sentidos
com o teu doce fel.
Queimei as veias com a ponta do cigarro
que jazia no cinzeiro
esquecido na sala.
Fez -se noite...
Adormeci espumando de raiva.
2 comentários:
...levemente passei os dedos pelos teus lábios
...e limpei a raiva que deles saía
...depositei de novo no cinzeiro esquecido
...o cigarro que queimara teu braço pendido
...e o fel que engoliras
...e o ópio ingerido
...os traguei num beijo perdido
...ali à solta na lâmina
...que tanta dor havia parido...
um sorriso
Olá! :)
Queria agradecer-lhe pelas palavras bonitas com que ilustrou o meu poema.
Ficou lindo...a continuação perfeita para aquela história de raiva e dor que soube transformar num belo momento de serenidade.
Obrigado pela sua visita aos meus devaneios.
um beijo
Blueiela
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