sábado, abril 27, 2013

Poema... aquele amor não agradecido.

Olho para o relógio
mas o tempo distorceu a matriz das horas...
Agora só o teu respirar
me condensa as vertigens no peito.
Dobras-me a boca
e os meus beijos rezam alto
todos os seus pecados
ajoelhados na verdade da tua língua.
Desistir da defesa e deixar o teu corpo
acorrentado ao meu...
Desistir adormecida no suor das tuas costas...
Nada tem de mal agradecido.
Há nos teus olhos um azul que transborda a infinito
prestes a desfazer-me na bravura das suas margens.
Avanças-me os sentidos e eu recuo as minhas pernas.

Renegado o amor que me atravessava o tempo ...
Querer-me a pulsar dentro de ti
é morrer em paz.

Daniela G. Pereira

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sexta-feira, abril 26, 2013

Raio x

Nada encontro que me explique...que me resuma em poucas linhas e em delicados traços. Nos meus olhos moram curvas que o tempo não esbate...
Eu sou... e acabo aqui a frase sem nada iniciar porque a promessa de nascer feliz calou-me o crescimento.