segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Condeno-te ao passado...


No tempo fiz-me eternamente passado
e odeio-te mundo por me teres
condenado a viver de memórias.
Por ti maldito
sou um vampiro sedento
que à noite suga momentos da alma
só pelo desejo de sentir
que ainda lhe corre vida nas veias.
Cada gota de sangue que de ti consigo beber
é néctar doce para os meus lábios
e mesmo morta para ti
é nos teus restos suculentos
que me alimento.


Daniela Pereira 20/02/06

2 comentários:

António Sanches disse...

Devaneios

Vejo-te na sombra dos poemas,
«um jardim de segredos e dilemas».
Vejo-te escura no claro encanto,
do manto terno de uma aventura.

A estrada é tua e o viajante sonha.
Devaneio solto, feito mendigo.
«hoje foste minha musa».
Escrevo coisas que nunca digo.

A culpa é tua, louco devaneio…
Escreves sentidos em breves ondas
Navegas a vírgula na minha inspiração.

Procurei sabores por terras áridas.
Encontrei letras de página escura.
Descobri-te, qual alimento,
aqui me confesso: não tenho cura.

As tuas palavras tiveram em mim um efeito terrivelmente bom.
Por favor, não entendas mal. Apenas me apaixonei.
Desculpa, mas não tenho dúvidas: és uma ENORME mulher.

O mundo para ti.

blueiela disse...

Cícero

Obrigado pelo poema e pelas palavras dedicadas que me ofereces...
É saboroso saber que as palavras apaixonam mas é triste sentir que só por elas existe paixão.
Não sou uma grande mulher...sou pequenina e frágil, sou quase uma criança e só nas palavras que escrevo consigo alcançar alguma força.
E não levei a mal as tuas palavras...porque é uma sensação boa saber que por momentos fomos a inspiração de alguém. Obrigado por me teres dado esse momento :)

beijos poéticos

blue